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Sair da casa dos pais: o que te impede de comprar um imóvel?

8 de outubro de 2025 | 8 minutos

O sonho de comprar o primeiro imóvel e finalmente deixar a casa dos pais é comum entre jovens adultos. Mas, na prática, essa mudança costuma ser adiada. E não é só por falta de dinheiro.
 
Medo, insegurança, pressão social e falta de planejamento financeiro são fatores que dificultam esse passo, criando um impasse: o desejo de independência existe, mas a coragem de agir muitas vezes falta.
 
Neste artigo, você vai entender:

  • A importância de sair da casa dos pais

  • Os principais motivos que atrasam essa decisão

  • Como o planejamento financeiro pode facilitar a compra do primeiro imóvel

  • O que considerar antes, durante e depois da mudança

  • Estratégias práticas para se preparar para esse novo ciclo

 

A importância de sair da casa dos pais

Deixar a casa dos pais vai além de apenas mudar de residência; é o começo de uma nova etapa na vida. É quando você passa a tomar decisões por conta própria, assumir responsabilidades e construir sua rotina de forma autônoma.
 
Essa transição desenvolve habilidades importantes: gestão do tempo, controle financeiro, resolução de problemas e, principalmente, autoconfiança. Você passa a se ver como alguém capaz de se manter e evoluir por conta própria.
 
Além disso, com o tempo, muitos percebem que a relação com os pais melhora. A convivência à distância tende a ser mais leve, madura e respeitosa, fortalecendo os vínculos.
 
Sair de casa pode dar medo, mas também é um passo essencial para o crescimento pessoal e emocional. 
 
Mas o que torna essa transição tão difícil nos dias de hoje?
 
Vamos explorar os principais motivos que atrasam essa decisão e dificultam o caminho para a independência.
 

Os principais motivos que atrasam essa decisão

A geração entre 20 e 35 anos enfrenta desafios bem diferentes dos vividos por seus pais. Hoje, o custo de vida é mais alto, o mercado de trabalho é instável, e o acesso ao crédito está mais difícil; tudo isso torna o sonho da independência mais distante.
 
Um dos maiores obstáculos é o peso do aluguel no orçamento. Em muitas cidades, ele consome de 30% a 40% da renda mensal. E em casos extremos, 19% dos brasileiros comprometem mais de 50% da renda familiar apenas com moradia, incluindo aluguel, IPTU e condomínio, segundo pesquisa da Serasa com a Opinion Box.
 
Agora imagine somar a isso as despesas com alimentação, transporte, contas básicas e lazer. A conta não fecha, principalmente para quem ainda está iniciando a vida profissional.
 
Além disso, muita gente acredita que comprar um imóvel só é possível à vista, ou que o financiamento é inviável. Mas há opções acessíveis: programas habitacionais, consórcios e financiamentos com entrada reduzida, por exemplo.
 
A zona de conforto também pesa. Morar com os pais é prático, econômico e seguro. Por isso, sair exige mais do que dinheiro: exige coragem e disposição para lidar com o novo.
 
Há também a pressão do padrão ideal: a crença de que só vale a pena sair de casa se for para morar em um apartamento pronto, decorado e em uma localização nobre. Esse pensamento pode travar o processo, quando, na realidade, o mais importante é dar o primeiro passo.
 
Se o seu objetivo é um apartamento de dois dormitórios, por exemplo, considere optar por um imóvel na planta. Dessa forma, é possível se planejar financeiramente para a compra, sem a necessidade de esperar o cenário ideal, e deixar de lado a localização perfeita.
 

A importância do planejamento financeiro para o primeiro imóvel

Se existe um ponto que separa o sonho da realidade, é o planejamento financeiro. Comprar seu primeiro imóvel não começa com a visita a uma imobiliária, mas sim com uma boa análise do seu orçamento.
 
Antes de tudo, entenda quanto custa sua vida hoje e quanto ela custaria morando sozinho. Coloque na ponta do lápis: aluguel ou parcela, condomínio, luz, internet, alimentação, transporte, imprevistos. Isso te dá uma visão clara da sua capacidade de pagamento.
 
O segundo passo é criar uma reserva de emergência: o ideal é ter de 3 a 6 meses das suas despesas fixas guardadas. Isso evita que imprevistos comprometam sua estabilidade.
 
Depois, pesquise as formas de compra disponíveis. Financiamentos bancários, consórcios, leilões e programas habitacionais (como o Minha Casa Minha Vida) são opções viáveis para quem está começando.
 
Muitos jovens desistem antes de tentar, por acharem que é necessário ter todo o valor em mãos. Mas com organização, disciplina e acesso à informação, é possível financiar com entrada reduzida e prazos acessíveis.
 

O que considerar antes, durante e depois da mudança

Mudar de casa é um projeto de vida. E como todo projeto, precisa ser dividido em fases com objetivos claros. Vamos às três principais:

Antes da mudança: planejamento é tudo

Essa é a etapa de análise e organização. Faça um diagnóstico financeiro completo: quanto você ganha, quanto gasta e quanto precisa economizar. Inclua a estimativa do valor da entrada do imóvel ou de um aluguel inicial e crie uma rotina de poupança.
 
Não subestime os custos de documentação, mudança, compra de itens essenciais (fogão, geladeira, cama, etc.). Faça um checklist com tudo que será necessário.
 
E aqui entra um ponto emocional: prepare-se psicologicamente. Converse com quem já passou por isso, reflita sobre seus medos e entenda que dúvidas são normais, o importante é não travar.

Durante a mudança: adaptação à nova rotina

É aqui que a realidade bate. Chegam as contas, o silêncio, a responsabilidade. Cozinhar, lavar roupa, organizar a casa e manter tudo funcionando exige disciplina e jogo de cintura.
 
Nos primeiros meses, é comum sentir solidão, ansiedade e até arrependimento. Mas são fases. Crie uma rotina, respeite seus limites e, sempre que precisar, peça ajuda. Você vai se surpreender com sua capacidade de se adaptar.

Depois da mudança: maturidade e crescimento

Passada a fase da adaptação, algo poderoso acontece: você cresce. Aprende a valorizar as pequenas conquistas, como montar sua casa gradualmente, fechar as contas no azul ou receber amigos para um jantar simples.
 
Você ganha liberdade para viver do seu jeito e aprende a se virar sozinho. Isso impacta diretamente sua autoestima, independência emocional e senso de realização pessoal.

Bloqueios emocionais e inseguranças mais comuns

Por trás da maioria das decisões adiadas, existe um bloqueio emocional. No caso de sair da casa dos pais e comprar o primeiro imóvel, os mais comuns são:

  • Medo de não dar conta financeiramente;

  • Medo de se arrepender e não conseguir voltar;

  • Medo de ficar sozinho ou se sentir isolado;

  • Culpa por deixar os pais sozinhos;

  • Insegurança sobre o futuro da carreira.

Esses sentimentos são naturais, mas não podem te paralisar. A melhor forma de enfrentá-los é com informação, conversa e pequenas ações. Sair da casa dos pais não precisa ser um rompimento radical, pode ser gradual, planejado, e até em fases.
 
Não se compare com os outros. A sua jornada é só sua. Valorize cada passo que conseguir dar, mesmo que pequeno.
 

Como se preparar para conquistar o seu primeiro imóvel

A preparação começa muito antes da assinatura do contrato. Envolve:

  • Clareza de objetivos: você quer morar onde? Com quem? Por quanto tempo?

  • Educação financeira: aprenda a controlar gastos, investir e se organizar.

  • Pesquisa de mercado: acompanhe os preços, oportunidades e tipos de financiamento.

  • Resiliência: o processo pode demorar, mas cada mês de preparo conta.

 
O ideal é traçar uma linha do tempo realista: quanto tempo você precisa para juntar a entrada, o que pode cortar de gastos, como melhorar sua renda. Transforme o “sonho do primeiro imóvel” em um projeto com etapas e prazos.
 
E o mais importante: comece hoje, mesmo que seja com pouco. Guardar R$ 100 hoje vale mais do que esperar o “momento certo” por anos.
 
Sair da casa dos pais e conquistar o primeiro imóvel é uma das decisões mais importantes e libertadoras da vida adulta. Não é fácil, exige preparo, coragem e responsabilidade. Mas com informação, organização e determinação, é totalmente possível.
 
O caminho para a sua independência começa por enxergar que você está mais perto do que imagina.